A rivalidade acirrada entre as equipes Mercedes e Red Bull na Fórmula 1 vai muito além das pistas de corrida, envolvendo intrigas, estratégias políticas e polêmicas nos bastidores que acentuaram a competitividade no esporte.
Na temporada de 2021, a Mercedes levantou questionamentos sobre a flexibilidade das asas traseiras da Red Bull, insinuando que poderiam estar se adaptando durante as corridas para obter uma vantagem aerodinâmica. Em resposta, Adrian Newey, o renomado chefe de design da Red Bull, interpretou essas acusações como um reconhecimento da qualidade competitiva do carro RB16B. Ele enfatizou que as contestações da Mercedes eram, na verdade, um elogio ao desempenho do veículo, embora tenham gerado custos adicionais que impactaram a equipe.
A disputa não se restringiu apenas às pistas, chegando aos boxes, onde estratégias como a mudança deliberada na posição dos cabos elétricos foram empregadas para obstruir a entrada dos carros concorrentes na garagem. Integrantes da Red Bull afirmaram que a Mercedes deixava os cabos de forma propositada, criando obstáculos extras durante as paradas. Em contrapartida, a Red Bull adotou medidas semelhantes, refletindo as ações da equipe rival e destacando a intensidade da competição.
Christian Horner, o diretor da Red Bull, salientou que a crescente autonomia política da equipe, especialmente com a formação da Red Bull Powertrains, foi percebida como uma ameaça pela Mercedes. Essa estratégia visava diminuir a dependência de fornecedores externos de motores, consolidando a posição da Red Bull no mercado. Horner sugeriu que a Mercedes encarava essa independência como um desafio à sua supremacia, intensificando ainda mais a rivalidade entre as duas escuderias.
Esses acontecimentos ilustram como a batalha entre Mercedes e Red Bull na Fórmula 1 extrapolou os aspectos tradicionais das corridas, influenciando o esporte por meio de ações políticas e negociações nos bastidores.